Instagram Logo[PERNAMBUCO] A Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas vem, por meio desta nota, expressar seu repúdio às violações de direitos e violências ocorridas no ato 29M, por parte da Polícia Militar de Pernambuco e do Batalhão de Choque. O ato aconteceu a nível Nacional e apenas no Recife manifestantes foram truculentamente atacados. As/os manifestantes estavam na rua solicitando #ForaBolsonaro, vacina e uma renda básica para a população passar por essa crise sanitária! #vacinaNoBraço #ComidaNoPrato No final do ato pacífico, as/os manifestantes, já se preparando para dispersar, todas/os seguindo as recomendações da segurança sanitária, foram surpreendidas/os por uma emboscada da Polícia Militar e o Choque, que estavam cercando, atacando com bombas de efeito moral e balas de borracha. Queremos nos solidarizar com os companheiros/as/es que foram vítimas dessa violência, como Daniel Campelo da Silva, que perdeu seu olho por causa de uma bala de borracha, mesmo sem estar na manifestação; Jonas Correia de França, também atingido no olho; Ednaldo Pereira de Lima, atingido na perna; e a Vereadora Liana Cirne (PT) que foi atingida no rosto por spray de pimenta enquanto tentava dialogar com os policiais. Também nos solidarizamos com as 4 pessoas - negras - que foram detidas arbitrariamente, mais uma vez demonstrando a seletividade racista do nosso sistema punitivo. Nós da RENFA exigimos reparações para todas/os que sofreram diretamente tais violências, como explicações do Governador Paulo Câmara (PSB) e de sua Vice governadora Luciana Santos ( PCdoB) que comandam a polícia que agiu de forma desproporcionalmente violenta contra as/os manifestantes que estavam no seu direito de liberdade de expressão, exigimos a suspensão de todos os envolvidos, incluindo o comandante do Choque, que o governador não faz menção e a desmilitarização da Polícia. Ainda, entendemos que apenas a punição individual de determinados policiais não é suficiente para resolução da questão, sabendo que a responsabilidade não é só de quem executa a ação, mas, e principalmente, de quem a planeja, a autoriza. A violência policial não é exceção, mas é estrutural. (Continua nos comentários)