Instagram LogoCarta de repúdio a vereadora do Recife Michele Collins É com extrema indignação, que nós da Rede Nacional de Feministas Antiproibicionista viemos a público repudiar a postura transfóbica, misógina, racista e desonesta da vereadora Missionária Michele Collins em reunião com seus pares, no dia 08 de junho de 2021, onde a câmara de vereadores e vereadoras, votava o projeto de lei do Executivo nº 11/2021 sobre a LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias. A parlamentar é paga para trabalhar com vistas à promoção do bem-viver para todas as pessoas da cidade e parece não reconhecer seu papel de agente pública, paga com dinheiro de toda população do Recife, a quem deveria promover cidadania e dignidade.  A divergência faz parte da democracia, mas a desumanização de sujeitos com base em sua identidade de gênero não é divergência, é ódio e é tipificado como crime. Sendo assim, a vereadora comete crime ao chamar pessoas trans de anormais e negar acesso a direitos básicos. A vereadora continua a violência, insistindo em seu discurso antigo, em negar e criminalizar a prática da redução de danos, tentando impor uma lógica de apologia ao uso de drogas, numa prática legítima há mais de 30 anos no Brasil e há 100 no mundo, que é o cuidado e a educação para uso de drogas. A redução de danos faz apologia ao cuidado, à cidadania e a garantia de direitos básicos de todas as pessoas que precisam.  A RENFA acredita na prática da redução de danos, por esta possibilitar cuidado em liberdade, educação  entre pares, respeito e horizontalidade na construção, prática e vivência registrada por nossa rede e em parceria com entidades, instituições, governos e todo campo da política de drogas, que pauta a liberdade como base e princípio ao cuidado. Tal prática caminha em lado oposto à vivência da vereadora, que insiste em pautar a política de drogas no viés da religião, de práticas violadoras de direitos e que ampliam violências e negação de formas de vida, entre elas a população trans, que é um dos grandes alvos de instituições da rede complementar, que não respeitam os direitos humanos. (Continua nos comentários)