A diferença que um palco faz!
Dec 05, 2025 9:33 pm
Faz um tempo que não escrevo.
Semana passada eu estava em Brasília, no TDC Summit. Foi muito bom! Estive como host, como mentor, como organizador, como participante, como tomador de café e também como marca, com a loja.
Foi intenso, ainda não consegui descansar de verdade para me recuperar.
Mas foi um ótimo momento para ver os frutos de anos de trabalho. Nas conversas e principalmente na mentoria que ministrei, recuperei um pouco da minha trajetória e como tudo foi se encaixando pra me levar até ali.
Comecei na faculdade a me interessar por seminários e palestras, ensinando coisas que ia aprendendo na área acadêmica e também na prática, que eu já estava trabalhando com programação.
Em 2002 me envolvi com comunidades de software livre e em 2005 comecei a viajar com elas e a palestrar em eventos sobre como usar Linux, Gnome e também a como colaborar com software livre, que me tornei administrador do time de tradução do Ubuntu para português brasileiro.
Logo isso me fez virar uma referência (pequena, mas uma referência) entre o pessoal de software livre e muitos me conheciam como "o cara do Ubuntu".
Em 2011 comecei o Vida de Programador e essa visibilidade foi muito útil para difundir esse novo projeto. Na tirinha #25, o Augusto Campos (o cara do br-linux) já me conhecia e topou divulgar em um post minha nova empreitada. Foi um "boom" de acessos.
Logo eu estava também palestrando sobre a experiência com o Vida de Programador, sobre como desenhar com software livre e viajei pelo Brasil todo, indo em todo tipo de evento, principalmente em semanas acadêmicas de faculdades.
Em 2012 fiz minha primeira palestra na Campus Party. O título era "Como ganhei meu primeiro milhão com o Vida de Programador". Foi uma palestra muito boa, foi até uma jornalista do O Globo para cobrir. No final ela veio conversar comigo um pouco frustrada, porque minha palestra era sobre o número de pageviews e não sobre dinheiro... :\
Em 2014 recebi uma mensagem da Yara Mascarenhas, do TDC, me convidando a desenhar um painel com os coordenadores do evento. A primeira vez onde eu me arrisquei a desenhar pessoas reais. Eram 13 coordenadores e foi mais difícil do que os painéis atuais, que contam com mais de 100 pessoas.
Resumindo bastante a história, a visibilidade trazida ao compartilhar o conhecimento me levou a ter um projeto improvável como meu projeto principal de vida. Também me trouxe até o TDC, onde hoje estou como Community Manager e o lugar onde mais me sinto à vontade é em um palco, falando com pessoas.
Quando comecei, escolhi a computação porque eu não gostava de pessoas e queria trabalhar apenas com máquinas. Os anos me mostraram o quanto que eu estava errado e como o crescimento vem quando aprendemos a compartilhar o conhecimento.
Você costuma compartilhar? Você compartilha com quem trabalha com você? Você compartilha online?
Em meu programa Developer's Creative University (carinhosamente abreviado como DevCreU), eu ajudo pessoas interessadas em usar a criatividade para compartilhar conhecimento, se apresentar a novas oportunidades e a crescer na carreira.
Em 2026 vamos começar um ciclo novo. Quer aprender a usar essas habilidades para alcançar um nível mais alto?